é um encontro com a alma nua, despida de máscaras, vulnerável e crua. é quando o vento já não apenas sopra, mas sussurra segredos, e o sol não só aquece, mas ilumina o caminho que sempre esteve diante de nós, mas nunca ousámos percorrer.

despertar é um mergulho nas águas profundas do ser, onde os medos flutuam à superfície como folhas secas, enquanto no fundo encontramos a nossa essência, inalterada, eterna. é reconhecer que somos tanto a luz quanto a sombra, tanto o voo como a queda.

nesse despertar, as amarras do ego soltam-se como nós desfeitos, e o coração expande-se, abraçando a vastidão do todo, sabendo que, embora pequenos, somos infinitos. é ver-se no outro, no espelho da existência, e perceber que a separação é apenas uma ilusão tecida pela mente.

o despertar da consciência é, enfim, um convite para sermos inteiros, a cada respiração, a cada passo, sabendo que o divino habita em nós, não como um conceito distante, mas como um pulsar constante no peito, lembrando-nos que somos poeira de estrelas, dançando a melodia eterna da vida.